Quantas vezes devo comer por dia?

Se está a tentar perder peso ou adoptar uma alimentação mais saudável, talvez se esteja a perguntar quantas vezes deve comer por dia. É comum ouvirmos dizer que precisa de comer “várias vezes por dia, pouco de cada vez”, mas quantas vezes é que deve comer durante o dia?


Não há um consenso, mas a maioria dos nutricionistas concorda que o ideal é comer 5 a 6 vezes por dia. Se dormir 6 a 7 horas por dia, isto significa que deve comer mais ou menos de três em três horas. Assim, nunca fica realmente com fome nem faz refeições compulsivas – a maioria dos snacks que comemos entre as refeições é altamente calórico. Além disso, segundo os profissionais, evita a perda de massa muscular.


O importante, porém, é ter em consideração os seus hábitos e estabelecer uma rotina. Um nutricionista poderá ajudá-lo a criar um plano de refeições adequado para as suas necessidades energéticas e estilo de vida. As consultas de nutrição também o vão ajudar a aprender as equivalências entre alimentos, de forma a nunca sair da sua rotina.


Geralmente, quando falamos destas 5 ou 6 refeições, incluímos o pequeno-almoço, lanche a meio da manhã (sobretudo para quem começa a trabalhar cedo), almoço, lanche a meio da tarde, jantar e ceia (especialmente para quem se deita tarde, embora com o cuidado de escolher alimentos que não causam refluxo gastroesofágico).


No entanto, isto também depende do tipo de dieta que quiser fazer. Na dieta keto, ou dieta cetogénica, o objectivo é comer apenas 3 vezes por dia, com a mínima quantidade de hidratos de carbono possíveis e, ao contrário do que podia esperar, mais lípidos. Contudo tenha em atenção que este tipo de dietas é muito específico e não deve ser adoptado por determinadas pessoas.

Como ajudar os seus filhos a perder peso

Em Portugal, a obesidade infantil já tomou proporções preocupantes. E muitos pais, que por vezes também lidam com problemas no controlo do seu peso, não sabem como agir. É normal tentarem evitar que os seus filhos comam o que não devem às escondidas, tentar que ganhem gosto por legumes, ou que sejam mais ativos fisicamente.

Mas os nossos filhos são, apesar de tudo, seres independentes com vontade própria. Por isso, o nosso papel não deverá ser forçar-lhes a mudar as suas vontades, pois isso pode gerar frustrações e mau-estar lá em casa. Queremos, antes, ajudá-los a mudarem por si próprios os maus hábitos. Vamos ver então algumas coisas que pode mudar para ajudar os seus filhos a perder peso.

Repensar o pequeno-almoço

O problema da obesidade infantil tem vários culpados, certamente, mas um dos principais é o pequeno almoço. O pequeno almoço é a primeira refeição do dia e é aquela que inicia um ciclo possivelmente negativo.

Os pequenos almoços mais comuns em Portugal - aqueles que têm mais tempo de antena na TV - são os cereais açucarados, os iogurtes com sabores, os pãezinhos, ora com pepitas ora com recheio, ou os cremes de barrar.

Todos estes alimentos são ricos em açúcar, e, para além de não serem nutritivos, também não são saciantes. O resultado é que, pouco tempo depois, os seus filhos voltarão a ter fome. Isto leva-nos ao próximo ponto.

Reduzir o açúcar na alimentação

Como o açúcar é de absorção mais rápida, eles voltarão a ter vontade de ingerir algo que os sacie rapidamente, e voltarão a preferir consumir algo com açúcar ou com hidratos de carbono simples, como o pão de forma. Este ciclo do açúcar é difícil de quebrar, mas comece com a redução do açúcar na alimentação.

Verá que, ao substituir o açúcar por outros nutrientes de absorção mais lenta, os seus filhos ficarão mais tempo sem ter fome e não ficarão tão tentados a comer qualquer coisa rapidamente.

Atividade física motivadora

Uma boa alimentação, por si, só já fará muito pela saúde do seu filho. Mas combinar a alimentação com atividade física é o ideal. Quando falamos de actividade, não precisa de ser necessariamente um desporto, caso as suas crianças não gostem de desporto. Também pode ser dança, pode oferecer-lhes uma bicicleta, uns patins, trotinete ou skate, ou outro hobbie menos vulgar que lhes permita estarem activos, como a jardinagem.